Depois de dizer que haveria intervenção nos preços, o ministro da Casa Civil pediu aos brasileiros que troquem a laranja, que está cara, por brioches, ou melhor, por outras frutas

Na busca por uma solução magnânima para os preços dos alimentos, a montanha do governo acabou parindo… um cheiro verde.
A irrelevância das propostas aventadas até agora pelos ministros de Lula não foi capaz de reduzir a preocupação com a criatividade que ainda pode surgir para tratar da alta da inflação.
Que, aliás, afeta os preços da comida, mas também dos serviços e dos produtos industriais.
A alta dos preços tem como causas principais a disparada do dólar desde o ano passado e a forte demanda pelo consumo — ambos estimulados pelos gastos públicos, ou pelo excesso deles.
Como não vai arredar o pé na política fiscal, o governo caminha estabanado para lidar com um problema que é real, mas que só virou uma nova crise por erros na sua comunicação.
Depois de dizer que haveria intervenção nos preços, o ministro da Casa Civil pediu aos brasileiros que troquem a laranja, que está cara, por brioches, ou melhor, por outras frutas.
É parte do cotidiano das pessoas fazer escolhas no mercado. O que não é comum, e nem bom para a popularidade do governante, é ter a sua marca na etiqueta dos preços.