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    Hacker diz que Bolsonaro tinha grampo do ministro Alexandre de Moraes

    Envolvido na Vaza Jato e com a deputada Carla Zambelli, Walter Delgatti presta depoimento à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta-feira

    Hacker diz que Bolsonaro tinha grampo do ministro Alexandre de Moraes

    O hacker Walter Delgatti Neto afirmou em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lhe disse que obteve um grampo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A declaração de Bolsonaro teria ocorrido durante uma ligação mediada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP).

    “Nesse grampo teriam conversas comprometedoras do ministro e ele [Bolsonaro] precisava que eu assumisse esse grampo. A informação que eu tenho é que ele já estava grampeado. Já existia o grampo. Segundo ele [Bolsonaro], naquela data, havia um grampo concluído”, disse o hacker.

    Ainda de acordo com Delgatti, partiu da Zambelli o pedido para que ele invadisse os sistemas de órgãos do Poder Judiciário. “Fiquei por 4 meses na intranet (sistema interno de comunicação) da Justiça Brasileira, no CNJ e no TSE”, completou.

    Delgatti disse ainda que Bolsonaro lhe prometeu um indulto caso ele fosse preso por invadir as urnas eletrônicas. Segundo o hacker, a promessa foi feita durante reunião no Palácio da Alvorada, próximo às eleições do ano passado.

    “[Bolsonaro disse] ‘Não entendo nada da parte técnica, preciso que você vá ao Ministério da Defesa e converse com os técnicos’. A ideia era que eu receberia um indulto do presidente”, afirmou o hacker.

    Delgatti disse que chegou a ir quatro vezes ao Ministério da Defesa a pedido de Bolsonaro. Ele disse que participou de reuniões com o então ministro Paulo Sérgio Nogueira e ministros da pasta.

    Depoimento

    Ao longo do depoimento, Delgatti disse que chegou por acaso às mensagens dos procuradores da Operação Lava Jato. Também contou detalhes de sua aproximação com Zambelli e detalhou o que seria o plano do grupo de Bolsonaro para expor a fragilidade das urnas eletrônicas.

    “Essa apresentação iria explicar à sociedade e a quem estivesse no dia 7 de Setembro que era possível que aquela urna, que era possível que aquela urna, que se vê no dia das eleições, imprimir outro voto — a ideia era essa”, descreveu.

    Redação
    Redação
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