Após 23 dias de prisão, o vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra, conhecido como “Claudinho Serra” (PSDB), está de volta à vida pública, porém de uma forma inédita na história da Câmara Municipal de Campo Grande: usando tornozeleira eletrônica.
O parlamentar foi liberado na última sexta-feira (26) e retoma suas atividades legislativas com seu mandato sob questionamento, após um pedido de cassação protocolado nesta segunda-feira (29).
A utilização da tornozeleira eletrônica marca um precedente na Casa de Leis municipal, sendo a primeira vez que um vereador exerce suas funções monitorado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). O presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, conhecido como “Carlão” (PSB), destacou que o Regimento Interno da Câmara não impede que investigados ou réus em processo continuem exercendo seus mandatos.
“A questão de ele trabalhar ou não de tornozeleira não tem impedimento legal nenhum”, afirmou Carlão. Ele ressaltou ainda a situação inédita enfrentada pelo Legislativo municipal, destacando que hoje em dia é comum profissionais de diversas áreas enfrentarem processos ou inquéritos. Carlão expressou sua posição sobre o caso de Claudinho Serra: “Quem sou eu para julgar o Claudinho Serra antes da hora?”
Claudinho Serra foi alvo da 3ª fase da Operação Tromper, que revelou um esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações para obtenção de contratos milionários com a Prefeitura de Sidrolândia. Antes de assumir como vereador em Campo Grande, Serra ocupou o cargo de secretário de Fazenda no município governado por sua sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP).
A situação do vereador Claudinho Serra continua sendo acompanhada de perto pela Câmara Municipal de Campo Grande, enquanto ele retorna ao trabalho sob vigilância eletrônica e com seu mandato sob questionamento.
