“Deixei de ser ministro de Estado e não fiz mais contato com funcionários do GSI ou do Palácio do Planalto”, ressaltou o general à comissão
O general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na gestão de Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta terça-feira (26) nunca ter discutido assuntos políticos com seus subordinados.
“Jamais me vali de reuniões ou palestras, ou conversas para tratar de assuntos eleitorais ou político-partidários com meus subordinados no GSI”, declarou Augusto Heleno à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
“Deixei de ser ministro de Estado e não fiz mais contato com funcionários do GSI ou do Palácio do Planalto.”
O general negou qualquer participação do GSI no dia 12 de dezembro, quando manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília após a prisão do cacique José Acácio Serere Xavante.
Augusto Heleno também refutou a presença de funcionários do GSI na tentativa de se colocar um artefato explosivo no Aeroporto de Brasília, em dezembro passado. Três pessoas foram condenadas à prisão pelo episódio.
Manifestações em frente ao Exército eram “pacíficas e ordeiras”
O ex-ministro-chefe do GSI declarou nunca ter estado no acampamento realizado em frente ao quartel-general do Exército em Brasília após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Augusto Heleno classificou ainda as manifestações como “pacíficas e ordeiras”.
“Declaro que jamais estive no acampamento que foi realizado em frente ao que a gente chama de Forte Apache [quartel-general do Exército]. Nunca fui ao acampamento. Não foi falta de tempo, mas por falta de condições de participar do que realizavam no acampamento. Pelo que se sabia, eram atividades extremamente pacíficas e ordeiras. Nunca considerei o acampamento algo que interessasse à segurança institucional. Sempre achei que era uma manifestação política, pacífica e que não poderia ser tratada dessa maneira.”