Manifestantes foram à Praça do Rádio, em Campo Grande, hoje pela manhã, reunindo cerca de mil pessoas. O protesto, que teve início às 08h, tinha como lema o grito de “Dino Não”, e seu objetivo era claro: cobrar dos senadores de Mato Grosso do Sul um voto contrário à indicação do ministro da justiça, Flavio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os participantes, destacaram-se figuras políticas importantes, como o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS), único parlamentar presente no evento, Beto Figueiró (NOVO-MS), pré-candidato à prefeitura da capital, e Rodrigo Lins (DC-MS), também pré-candidato ao cargo.
O deputado federal Dr. Ovando falou sobre a liberdade de expressão e sobre a importância da população pressionar os senadores. “A liberdade é fundamental. Nem Deus conspira pela liberdade do homem. Tudo que o homem faz depende da sua decisão. Infelizmente nós temos um governo hoje que joga no lixo esse princípio da declaração universal e do princípio divino que concedeu a cada um de nós a liberdade de decisão.
A questão do Dino hoje que tá todo mundo aqui ouriçado, preocupado, apavorado simplesmente porque se quebrou o ordenamento jurídico, porque o poder do cifrão faz a diferença, e o senado tem que ser pressionado, e nós continuamos pressionando o senado, e o povo tem que pressionar o senado. O povo tem que marcar aqueles que votam favorável a essa situaçào de excessão desse país, infelizmente. Nós não podemos de forma alguma concordar com esse tipo de coisa.”
O pré candidato a prefeitura da capital, Rodrigo Lins (DC-MS), que recentemente foi alvo de busca e apreensão pela Policia Federal na Operação Lesa Pátria esteve presente no evento lembrou de outros manifestantes alvos do inquérito do STF estão presos na Papuda.
“Estou aqui firme e forte e peço pra vocês não desistirem do nosso país. Não podemos nos curvar para o STF, nós não somos terroristas. Estamos aqui para defender a nossa democracia e a nossa constituição.
Peço a vocês, em nome de todos os patriotas que estão presos inconstitucionalmente na Papuda, não saiam da rua. Não podemos deixar nenhum soldado para trás.
Se amanhã ou depois acontecer algo comigo eu tenho a certeza que vocês estarão firme e forte defendendo o nosso país”, disse Lins aos manifestantes presentes.
Beto Figueiró falou sobre a influência que o governador do estado, Riedel, tem para afzer com que os senadores votem contra a indicação de Dino.
“A pessoa que tem o poder, que tem condição de fazer com que a bancada federal não participe dessa tragédia anunciada, é o governador Eduardo Riedel.
O poder do governador permite que ele faça co mque os nosso senadores diga não ao Flávio Dino.
Lamentavelmente a poucos dias, Flávio Dino esteve no nosso estado, e nós tivemos um espetáculo fúnebre de ver dois governadores, Azambuja e Riedel se curvando, tietando Flávio Dino.”
O clima da manifestação foi de engajamento, com cartazes e faixas expressando a insatisfação dos presentes com a possível nomeação de Dino ao STF. Os manifestantes, em coro, exigiram posicionamentos claros dos senadores Nelsinho Trad e Soraya Thronicke em relação ao voto sobre a indicação.
Até o momento, nenhum dos três senadores de Mato Grosso do Sul se pronunciou sobre como irá votar, o que aumenta a ansiedade e expectativa dos cidadãos que se mobilizaram na praça. A cobrança por transparência e representação dos interesses da população é evidente, e os manifestantes permanecem atentos aos desdobramentos políticos.
O Fato67 continuará acompanhando os acontecimentos e buscará informações atualizadas sobre as posições dos senadores em relação à indicação de Flavio Dino ao STF.
