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    Mesmo com pendência judicial, Azambuja lidera corrida pelo Senado em Mato Grosso do Sul

    O ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aparece como o nome favorito dos sul-mato-grossenses para ocupar uma das vagas do Estado no Senado Federal em 2026. É o que aponta levantamento divulgado nesta terça-feira (20) pelo instituto Paraná Pesquisas. Reinaldo lidera com 38,3% das intenções de voto no cenário estimulado, abrindo vantagem sobre figuras de peso no cenário político local.

    A disputa, no entanto, está tecnicamente empatada entre os três principais nomes, dentro da margem de erro de 2,5 pontos percentuais. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), aparece em segundo lugar com 29,2%, seguida de perto por Rose Modesto (União Brasil), com 26,8%. Logo atrás está o atual senador Nelsinho Trad (PSD), com 23,8%.

    Outros nomes também pontuaram: Gianni do Bolsonaro (PL), com 12,1%; Soraya Thronicke (Podemos), 7,7%; Vander Loubet (PT), 7,4%; e Gerson Claro (Progressistas), 3,6%. A pesquisa ouviu 1.540 eleitores entre os dias 13 e 16 de maio em 44 municípios do Estado. O grau de confiança é de 95%.

    Intenção de Voto Estimulada | Imagem: Montagem Fato67

    Todos os resultados do cenário estimulado:

    Reinaldo Azambuja (PSDB) – 38,3%

    Simone Tebet (MDB)– 29,2%

    Rose Modesto (União Brasil) – 26,8%

    Nelsinho Trad (PSD) – 23,8%

    Gianni do Bolsonaro (PL) – 12,1%

    Soraya Thronicke (Podemos)– 7,7%

    Vander Loubet (PT) – 7,4%

    Gerson Claro (Progessistas) – 3,6%

    não sabem/não responderam – 4,5

    nenhum/brancos/nulos – 11,9%

    Liderança ameaçada por pendências judiciais

    Apesar da dianteira na disputa, Azambuja enfrenta um obstáculo que pode comprometer sua candidatura: o retorno de uma denúncia por corrupção ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-governador é acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido R$ 67,7 milhões em propina da JBS em troca de benefícios fiscais. O esquema teria causado um prejuízo de R$ 209,7 milhões aos cofres públicos de Mato Grosso do Sul.

    A ação estava tramitando na 2ª Vara Criminal de Campo Grande, mas, com base em novo entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre foro privilegiado, o processo deve voltar ao STJ. O promotor Adriano Lobo Viana de Resende reforçou que os supostos crimes ocorreram enquanto Azambuja exercia o cargo de governador, o que justifica a retomada da análise pela corte superior.

    PSDB em ruínas e futuro partidário indefinido

    Outro fator que pode impactar o desempenho de Reinaldo na corrida ao Senado é o enfraquecimento do PSDB, que deve ser absorvido pela fusão com o Podemos. Sem espaço na nova legenda, o ex-governador vem sendo cortejado por outras siglas, como o PL e o PSD.

    No entanto, sua possível filiação ao Partido Liberal enfrenta resistência de parte da base bolsonarista, que vê com desconfiança o histórico político de Azambuja e suas pendências judiciais. Por outro lado, o PSD, comandado nacionalmente por Gilberto Kassab, surge como uma alternativa mais viável, especialmente com o avanço das articulações envolvendo o governador Eduardo Riedel e o ex-deputado Fábio Trad.

    Faltando mais de um ano para o início do período eleitoral, o cenário ainda é de indefinição, e os próximos desdobramentos jurídicos e políticos devem definir se Reinaldo Azambuja se manterá como protagonista na disputa pelo Senado em Mato Grosso do Sul.

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