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    Mexer na meta de inflação é “jogar a toalha”, diz ex-presidente do BC

    Para Armínio Fraga, as críticas de Lula à autonomia do Banco Central não fazem “nenhum sentido”

    Mexer na meta de inflação é “jogar a toalha”, diz ex-presidente do BC

    O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou nesta quinta-feira (16) que mexer na meta de inflação é “jogar a toalha”.

    Em entrevista à GloboNews, o economista disse que a meta deve ser mantida, mas com alongamento de prazo.

    Acredito que mexer na meta, apesar de no momento ela estar bastante desacreditada, seria pior. Íamos jogar fora de graça 1%, se for para 4%, por exemplo. Não vejo razão. Por trás disso, está um conjunto de protocolos do BC como conduzir a política monetária. E qual é? Confrontado com choque inflacionário grande, seja ela de custos, é uma situação que ele recomenda que diante de um quadro complexo de choque, sobretudo de custos, que faça o ajuste com tempo. Eu sou a favor de conter a meta, mas dar mais tempo. E eu penso que é isso que o Banco Central está fazendo, está sinalizando, afirmou.

    Para o ex-presidente do Banco Central, as críticas de Lula, a quem declarou voto no segundo turno da eleição presidencial, à autonomia do Banco Central não fazem “nenhum sentido”.

    “Confesso que estou surpreso com este movimento, posto que ele teve um desempenho nos dois mandatos de alta responsabilidade fiscal com grande sucesso. Acho que ele teve um ataque de amnésia. Ele herdou uma situação fiscal ruim, na outra vez, não”, disse.

    “Agora tem um negócio meio estranho porque não só ele está se desentendendo com o Banco Central, mas ele está promovendo dentro de casa, claramente, uma guerra. Isto não ajuda nem um pouco. Estou perplexo, não faz nenhum sentido, acrescentou.

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