O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou em uma reunião com Ricardo Lewandowski, na última segunda-feira (8), que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) assumirá o cargo de ministro da Justiça. O encontro também contou com a presença de Flávio Dino, e a notícia traz mudanças significativas na configuração do governo.
Durante a conversa, Lewandowski comprometeu-se a manter Andrei Rodrigues na liderança da Polícia Federal. No entanto, não foi assegurada a permanência de Ricardo Cappelli, secretário-executivo do MJ e aliado de Dino.
O ex-ministro do STF expressou a intenção de formar uma equipe mais alinhada ao seu perfil, solicitando uma semana para definir os nomes. A expectativa é que Lula anuncie a saída de Dino, que ocupará uma cadeira no STF em 22 de fevereiro, e a chegada de Lewandowski ainda esta semana.
Ficou acertado no encontro que a pasta da Justiça não será dividida em dois ministérios. Essa decisão impacta diretamente na manutenção da cota do PSB no governo, com Cappelli atuando na Segurança Pública. Contudo, ele deverá focar em questões de inteligência e segurança pública na Casa Civil, sob a liderança de Rui Costa.
Para substituir Cappelli na Justiça, Lewandowski planeja nomear o jurista Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Vale ressaltar que, em 2023, Lewandowski determinou o trancamento de três investigações envolvendo Lula, relacionadas à Operação Lava Jato e à Operação Zelotes. As ações estavam suspensas por decisões anteriores do próprio ex-ministro do STF.