O ex-deputado estadual Maurício Picarelli (União Brasil) teve bens bloqueados pela Justiça devido a uma dívida de R$ 4,4 milhões com Celso Éder Gonzaga de Araújo, investigado pela Polícia Federal na Operação Ouro de Ofir, que revelou um esquema de pirâmide financeira.
Picarelli alega que foi vítima de um golpe envolvendo um investimento em ouro, promovido por Celso, e afirma não ter condições financeiras para arcar com o montante.
Conforme o processo judicial, a dívida teve início em 2018, quando Picarelli vendeu uma casa avaliada em R$ 1,8 milhão e entregou quatro cheques como garantia: R$ 5.500, R$ 23.299,11, R$ 25.194,24 e R$ 1.320.000.
O ex-deputado relata que os cheques foram emitidos sem preenchimento e não deveriam ser descontados até a conclusão da venda do imóvel.
Celso, que se apresentava como empresário bem-sucedido, convenceu Picarelli a investir em operações de crédito em ouro, conhecidas como “AU Metal”, prometendo lucros elevados.
O ex-deputado, contudo, só moveu a ação judicial em 2018, alegando ter sido intimidado por ligações ameaçadoras e pelo fato de Celso ser uma pessoa influente e cercada de seguranças armados.
Celso Éder foi preso em 2017, acusado de liderar um esquema que causou prejuízo a mais de 25 mil pessoas no Brasil. O caso está em tramitação, e a última decisão judicial, publicada em 19 de novembro, deu prazo de 15 dias para Celso solicitar bens bloqueados de Picarelli.