Em uma análise recente dos gastos dos deputados federais de Mato Grosso do Sul, informações valiosas foram reveladas através do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, trazendo à tona como os parlamentares têm utilizado recursos públicos até julho de 2023 por meio da Verba de Gabinete e da Cota Parlamentar, valores que para a população que paga os impostos é uma verdadeira “farra”. Nesta matéria, examinaremos em detalhes esses números, destacando os deputados que lideram os gastos e os que demonstram maior eficiência na utilização desses recursos, enquanto também explicamos as diferenças entre essas duas formas de financiamento.
Diferenças entre Verba de Gabinete e Cota Parlamentar
A Verba de Gabinete e a Cota Parlamentar são duas formas distintas pelas quais os deputados federais utilizam recursos públicos para despesas relacionadas ao exercício de seus mandatos. Vamos entender as diferenças:
Verba de Gabinete: A Verba de Gabinete é destinada à contratação de funcionários e auxiliares para apoiar as atividades parlamentares. Isso inclui salários, encargos trabalhistas e demais despesas ligadas à equipe do deputado. Em resumo, essa verba é voltada para a estruturação do gabinete e para garantir que o deputado tenha uma equipe para desempenhar suas funções.
Cota Parlamentar: A Cota Parlamentar, por outro lado, é destinada a gastos mais amplos, como aluguel de escritórios políticos, despesas com passagens aéreas e terrestres, alimentação, hospedagem, material de expediente, divulgação do mandato, entre outros.
Os Maiores Gastos e os Mais Econômicos
No que diz respeito aos gastos dos deputados federais de Mato Grosso do Sul, os números revelam uma variedade de abordagens no uso desses recursos. Até julho de 2023, os dois deputados que lideraram os gastos combinados de Verba de Gabinete e Cota Parlamentar foram Vander Loubet, do PT, e Beto Pereira, do PSDB.
Vander Loubet, apresentou um total de gastos de R$ 1.110.258,27, dos quais 27.32% (R$ 302.718,07) foram relacionados à Cota Parlamentar e 72.68% (R$ 807.540,20) correspondiam à Verba de Gabinete. Já Beto Pereira, do PSDB, registrou um total de R$ 1.090.496,04 em gastos, com 26.38% (R$ 287.800,00) provenientes da Cota Parlamentar e 73.62% (R$ 802.696,04) da Verba de Gabinete.
Na outra ponta, entre os deputados que gastaram menos, Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, ambos do PL, se destacaram. Rodolfo registrou um total de R$ 575.087,76 em gastos, com 30.52% (R$ 175.483,62) provenientes da Cota Parlamentar e 69.48% (R$ 399.604,14) da Verba de Gabinete. Marcos Pollon apresentou um total de R$ 816.052,19 em gastos, com 21.41% (R$ 174.764,64) da Cota Parlamentar e 78.59% (R$ 641.287,55) da Verba de Gabinete.
Reflexões sobre a Utilização dos Recursos Públicos
Esses números destacam a variedade de abordagens adotadas pelos deputados federais no uso das verbas destinadas ao exercício do mandato. Enquanto alguns deputados priorizam a contratação de equipes para seus gabinetes, outros optam por gastos relacionados à representação política e operacional do mandato.
A análise desses dados suscita debates importantes sobre a transparência, a eficiência e a responsabilidade no uso dos recursos públicos.
À medida que as eleições se aproximam, os gastos dos deputados federais podem se tornar um tópico crucial para os eleitores avaliarem os candidatos e tomar decisões informadas sobre seus representantes políticos.
Ranking dos Gastos Totais dos Deputados Federais de Mato Grosso do Sul (Até Julho de 2023):
Esses valores representam o total de gastos de cada deputado, incluindo tanto a Verba de Gabinete quanto a Cota Parlamentar. A análise desses números oferece insights importantes sobre como os parlamentares estão utilizando os recursos públicos alocados para desempenhar suas funções no Congresso Nacional.
As informações foram obtidas através do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados e refletem os gastos até julho de 2023.