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    Pacheco diz que fala de Lula foi “equivocada e inapropriada” e defende “retratação”

    No último domingo, presidente Lula comparou conflito entre Israel e Hamas ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista contra judeus

    Pacheco diz que fala de Lula foi “equivocada e inapropriada” e defende “retratação”

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta terça-feira (20), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retrate sobre sua fala sobre a guerra entre Israel e Hamas.

    No último domingo (18), Lula comparou os ataques de Israel aos palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista contra judeus, durante Segunda Guerra Mundial.

    Segundo Pacheco, a fala foi “equivocada e “inapropriada” e “precisa de retratação”.

    “Estamos certos de que uma fala inapropriada e equivocada não representa o verdadeiro propósito do presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que é um líder global conhecido por estabelecer, ou buscar estabelecer, diálogos e pontes entre as nações”, disse.

    “Motivo pelo qual, em especial pela confiança que este presidente tem no perfil conciliador do presidente Lula, é que uma fala dessa natureza deve render uma retratação. É fundamental que haja uma retratação e um esclarecimento com um pedido de desculpas em relação a uma parte da fala que estabelece essa premissa equivocada”, completou.

    Para Pacheco, ainda que a reação de Israel sobre o conflito seja “desproporcional”, a declaração de Lula não se justifica.

    “Ainda que a reação feita pelo governo de Israel venha a ser considerada desproporcional, excessiva, violenta, indiscriminada, não há como estabelecer um comparativo com a perseguição do povo judeu no nazismo”, afirmou.

    A declaração de Lula teve forte repercussão internacional. O governo israelense declarou o presidente “persona non grata” até que o petista se retrate.

    A declaração de “persona non grata” é uma medida utilizada nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é bem-vindo no país.

    No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convocou o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, para uma reunião.

    Em outra frente, o governo brasileiro mandou o embaixador em Israel, Frederico Meyer, retornar de Tel Aviv para o Brasil.

    Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desde o início do conflito, em outubro passado, mais de 24 mil civis foram mortos, a maioria palestina.

    EUA dizem não concordar com Lula

    Nesta terça, o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, disse que o governo norte-americano não concorda com a declaração de Lula.

    “Nós já fomos bastante claros ao dizer que não acreditamos que houve um genocídio na Faixa de Gaza. Queremos que o conflito acabe o mais rápido possível. Queremos que aumente a assistência humanitária para os civis. Mas não concordamos com esses comentários”, disse Miller

    Redação
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