Parlamentares de Mato Grosso do Sul estiveram presentes, na manhã deste domingo (16), na manifestação realizada na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O evento, que reuniu cerca de 20 mil pessoas, contou com a participação do deputado estadual João Henrique Catan (PL), dos deputados federais Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL), além da vereadora de Campo Grande, Ana Portela (PL) e a vice prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL). Em contato com nossa equipe, a assessoria do deputado estadual Coronel David (PL) não pode comparecer ao evento por conta do agravamento no quadro de gastrite.

O ato foi liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que discursou em defesa dos manifestantes presos e criticou o que chamou de perseguição política. “Jamais podia imaginar que teríamos refugiados brasileiros mundo afora”, afirmou Bolsonaro. Ele também citou nominalmente algumas mulheres detidas após o tumulto na Praça dos Três Poderes, reforçando o pedido de anistia.
A manifestação começou por volta das 11h e interditou um trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira. No palco montado à beira-mar, Bolsonaro discursou por aproximadamente 20 minutos e foi acompanhado por lideranças políticas e apoiadores.
O deputado federal Marcos Pollon, que tem se destacado como um dos principais articuladores da pauta conservadora em Brasília, defendeu a necessidade de uma revisão das penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. “O que vemos hoje é um processo de punição seletiva. Há pessoas que cometeram crimes muito mais graves e não receberam um tratamento tão severo”, afirmou.

Já o deputado Rodolfo Nogueira reforçou a necessidade de mobilização popular para pressionar o Congresso Nacional a debater o tema. “A liberdade dessas pessoas não pode ser ignorada. O Brasil precisa de justiça, e não de vingança política”, disse.

A vereadora Ana Portela destacou a importância da participação das mulheres na defesa dos direitos dos manifestantes detidos. “Muitas mães estão chorando a ausência de seus filhos, que foram presos de forma arbitrária. O que queremos é um julgamento justo e imparcial”, declarou.

O evento deste domingo foi mais um entre as mobilizações organizadas por apoiadores de Bolsonaro em diversas cidades do país. Com discursos inflamados e forte adesão do público conservador, o ato reforça a pressão política pela revisão das penas impostas aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro.

Nos bastidores, parlamentares alinhados à pauta da anistia trabalham para que o tema avance no Congresso, enquanto opositores criticam a movimentação, afirmando que os julgamentos seguiram o devido processo legal. A discussão segue polarizada e deve continuar como um dos principais embates políticos nos próximos meses.