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    Prefeito interrompe banda de estudantes em Paranaíba e gera revolta em cavalgada

    Durante a 33ª edição da Cavalgada de Comitivas de Paranaíba, realizada no dia 30 de junho, o prefeito Maycol Queiroz (PSDB), conhecido como “Mayco Doido”, causou polêmica ao interromper a apresentação da banda municipal Dra. Cláudio Robalinho de Queiroz

    Tradicional cavalgada que acontece todos os anos na cidade. Foto: Reprodução Fato67

    O incidente deixou crianças e adolescentes constrangidos e incapazes de concluir o repertório de cerca de 4 minutos, gerando revolta na população local.

    Em um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, o prefeito aparece montado a cavalo e com um microfone em mãos, criticando a organização do evento.

    “Alô organização, cadê a organização? A nota de vocês é zero. Vamos colocar a cavalgada para andar, tenho que chegar até meio-dia, vamos por para andar. A organização de vocês é nota zero, o povo quer ver é cavalo”, disse Maycol. Ele ainda solicitou que o evento prosseguisse “sem faixa, sem homenagem, sem nada”.

    O professor da banda, Saulo Jesus, usou suas redes sociais para pedir desculpas aos alunos, lamentando a interrupção.

    “Não conseguimos tocar o Pout-Pourri que tínhamos ensaiado, infelizmente não foi possível tocar todas as músicas. Venho pedir desculpas aos meus alunos porque eu sei do comprometimento de cada um, que de segunda a sexta-feira sai de suas casas e vão até a banda praticar, por muitas horas, para que consigam fazer boas apresentações”, escreveu Saulo.

    Banda sendo interrompida pelo prefeito de Paranaíba. Foto: Reprodução Fato67

    A presidente municipal do PSOL e pré-candidata a Prefeita, Margila Leal, protocolou na terça-feira (2) um pedido de cassação do mandato de Maycol Queiroz. No documento, ela acusa o prefeito de usar “linguajar esdrúxulo e desrespeitoso”.

    “É notório que o chefe do executivo, de qualquer município, deve prezar pelos princípios básicos da administração pública, dentre eles, urbanidade e moralidade, onde notadamente não fora aplicada”, afirma Margila. O pedido fundamenta-se na alegação de que o prefeito procedeu “de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”.

    Margila também acusa Maycol de violar o artigo 232 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que prevê pena de detenção de seis meses para quem “submeter crianças ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento”.

    Ela menciona ainda que houve outros episódios de comportamento inadequado do prefeito, incluindo um ataque de fúria durante um show da cantora gospel Isadora Pompeo em junho. “Ele sempre faz isso, mas após sua eleição isso piorou”, disse Margila em entrevista exclusiva ao Fato67. Ela também relatou que “estão todos revoltados com o episódio”.

    A votação para a comissão de investigação e cassação que está prevista para a próxima segunda-feira às 19:00, com a presença de parentes e familiares. A reportagem entrou em contato com o presidente da Câmara, Edmar Dollar, e com o prefeito Maycol, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

    Redação
    Redação
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