A incorporação do Podemos e PSDB deve provocar mudanças significativas no cenário político de Mato Grosso do Sul, especialmente nas estratégias para as eleições de 2026. A decisão que deve ser anunciada pelos diretórios de ambos os partidos nacionais até o final de Abril ainda não decidiu o novo nome da sigla.
Com a incorporação — diferente de uma fusão — os filiados eleitos pelo Podemos passam a ter liberdade imediata para mudar de partido, sem risco de perder o mandato. Já os vereadores e deputados do PSDB não poderão deixar a legenda agora. Isso impacta diretamente políticos que planejavam migrar para outras siglas, especialmente os vereadores, que só terão nova janela partidária em 2028.
Os tucanos concentram hoje 256 vereadores eleitos em todo o estado. Esse número aumentará com os 44 parlamentares que chegam com o fim do Podemos, totalizando 300 vereadores no PSDB.
Além do fortalecimento na base municipal, o partido também ganha reforços de peso: a senadora Soraya Thronicke e o deputado estadual Rinaldo Modesto, ambos do Podemos, agora se somam à legenda tucana. Em Campo Grande, a bancada do PSDB na Câmara Municipal crescerá de cinco para sete vereadores, com a entrada de Clodoilson Pires e Ronilço Guerreiro.
No caso dos deputados estaduais e federais, a troca de partido poderá ocorrer normalmente na janela do próximo ano. Já cargos majoritários, como o do governador e senadores, não são afetados pela regra da fidelidade partidária, o que permite a Riedel, Soraya e prefeitos deixarem o PSDB se desejarem.