À medida que as eleições municipais se aproximam, os pré-candidatos ao executivo da Capital intensificam suas articulações políticas em busca de vices que possam fortalecer suas chapas
Os principais pré-candidatos a prefeito da Capital têm conduzido conversas intensas e muito reservadas quanto à escolha de seus companheiros de chapa. Veja abaixo os nomes mais cotados;
Adriane Lopes (PP)
A atual prefeita e pré-candidata de direita que melhor pontua nas pesquisas de intenção de voto, Adriane Lopes (PP), tem entre os nomes que se destacam para vice o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB). Essa escolha pode solidificar sua base de apoio entre os eleitores mais conservadores. Além disso, o Avante, partido que já anunciou apoio à reeleição de Adriane, também é um potencial fornecedor de um vice, o que poderia ampliar a coalizão governista. Outra opção é o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Bolsonaro, onde o nome de Luana Ruiz tem circulado. No entanto, o PL enfrenta uma crise interna quanto à escolha de seu pré-candidato, o que pode influenciar a decisão final.
Rose Modesto (União)
A ex-deputada federal Rose Modesto, que recentemente deixou a superintendência da Sudeco para disputar as eleições, tem pontuado bem nas pesquisas de intenção de voto, aparecendo como a primeira ou segunda colocada em muitas delas. Rose tem mostrado uma crescente aproximação com o deputado federal Vander Loubet (PT). Essa aliança pode resultar em um vice petista em sua chapa, sinalizando uma estratégia de ampliação do espectro eleitoral ao atrair votos da esquerda, visto que a ex-parlamentar é de centro. Outro partido que corre por fora na indicação do vice na chapa de Rose é o PDT, que recentemente recebeu o ex-prefeito Marquinhos Trad e assumiu a dianteira da coordenação local do partido.
Beto Pereira (PSDB)
O deputado federal Beto Pereira, pré-candidato pelo PSDB, teve inicialmente o nome do presidente da Câmara Municipal, Carlão (PSB), cotado para vice. Contudo, pessoas próximas ao deputado sugerem que o vice deva vir de partidos aliados, como PSD, Podemos, Republicanos ou MDB. No PSD, o nome mais cotado seria o de Jaime Verruck; no Podemos, o do vereador Pastor Clodoilson Pires; no Republicanos, o nome da delegada Sidineia é o mais cotado. Já para o vice vir do MDB, o deputado teria que aguardar que André Puccinelli formalizasse seu recuo na disputa. O nome da filha do ex-governador, Denise Puccinelli, já circulou nos bastidores sobre uma possível indicação do MDB na chapa que vier a compor.
André Puccinelli (MDB)
O ex-governador André Puccinelli liderou muitas pesquisas de intenção de voto estimuladas até agora. O problema é que, embora seja um dos maiores políticos do estado, ele também tem uma das maiores taxas de rejeição entre os eleitores campo-grandenses. Segundo aliados, Puccinelli ensaia um recuo e pode apoiar o pré-candidato tucano. No entanto, ele ainda busca viabilizar sua pré-campanha e só anunciaria a possível retirada aos 45 do segundo tempo. André tem enfrentado a falta de apoio financeiro do partido nacional, o que vem inviabilizando sua continuidade na disputa.
Um nome que pode compor com Puccinelli como vice em uma candidatura é a do correligionário e atual vereador Dr. Loester, que sinalizou estar disputando sua última eleição em 2024.
Tenente Portela e João Henrique Catan (PL)
O PL enfrenta incertezas quanto à definição de seu candidato. Dividido entre lançar uma candidatura própria ou apoiar a reeleição de Adriane Lopes, o partido do ex-presidente Bolsonaro tem dois pré-candidatos: Tenente Portela, atual presidente do diretório de Campo Grande, e o deputado estadual João Henrique Catan. O partido deve tomar a decisão definitiva somente na abertura das convenções partidárias. O que pesa a favor de Portela é sua amizade com o ex-presidente Bolsonaro, enquanto, no caso do deputado estadual João Henrique Catan, é sua proximidade com a base bolsonarista no Congresso Nacional e pelo Brasil. Em uma aventura de candidatura própria na capital, nã oseria surpresa que o partido NOVO composse com o PL que teria Beto Figueiró como o indicado para o cargo.
Camila Jara (PT)
A deputada federal Camila Jara tem apresentado desempenho insatisfatório nas pesquisas e enfrenta pressão dentro do PT para recuar. A ala mais experiente do partido defende que o PT apoie Rose Modesto (União) e indique um vice para sua chapa. Além do baixo rendimento nas pesquisas, a petista não tem conseguido dialogar com o centro. No entanto, Camila tem instigado o crescimento de uma ala mais jovem no PT, que frequentemente entra em conflito com os mais experientes do partido.
Caso a chapa petista viabilize candidatura própria sem apoio de partido maiores, o indicado a vice pode ser o engenheiro Marcelo Bluma do PV, partido que compõe a Federação Brasil da Esperança (Fe Brasil) juntamente com PT e PC do B.
Beto Figueró (Novo)
Apesar do baixo rendimento nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas, Beto Figueró deve manter até o fim sua pré-candidatura. O político deve escolher um candidato de dentro do próprio partido como seu companheiro de chapa. Beto foi candidato a vice-governador na chapa com o ex-deputado Capitão Contar (PRTB), onde ambos foram para o segundo turno e saíram derrotados. No entanto, a aproximação política de ambos não resistiu ao pleito daquelas eleições. Segundo pessoas próximas, a vice da chapa deve ser uma mulher. O partido, por sua vez, veta internamente como pré-candidatos aqueles que exercem cargos nas executivas.