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    Rombo de R$ 6,5 bilhões: veja quem são os parlamentares de MS que se recusam a investigar a fraude contra aposentados

    Senadores e deputados sul-mato-grossenses se dividem diante de esquema que desviou R$ 6,5 bilhões de aposentados; quatro parlamentares do Estado não assinaram pedido de apuração.

    Sete parlamentares de Mato Grosso do Sul declararam apoio à instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Fraude, que busca investigar o maior golpe já registrado contra aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O esquema, revelado pela Operação Sem Desconto, causou prejuízo estimado em R$ 6,5 bilhões e envolveu descontos indevidos aplicados por associações fantasmas nas aposentadorias de milhares de idosos em todo o país.

    Entre os apoiadores da CPMI no Estado estão as senadoras Tereza Cristina (PP) e Soraya Thronicke (Podemos). Na Câmara dos Deputados, endossaram o pedido os parlamentares Rodolfo Nogueira (PL), Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Beto Pereira (PSDB), somando cinco deputados federais favoráveis à apuração.

    A adesão ao requerimento já ultrapassa 219 assinaturas no Congresso Nacional. Inicialmente, a coleta de apoios foi aberta entre os deputados federais e recebeu 185 assinaturas até o fim de abril. Posteriormente, o Senado também foi incluído, reunindo até agora cerca de 34 senadores apoiadores.

    Parlamentares de MS que não assinaram

    Apesar da gravidade do caso, quatro parlamentares de Mato Grosso do Sul não aderiram ao pedido de instalação da CPMI. No Senado, Nelsinho Trad (PSD) optou por não assinar o requerimento. Já na Câmara dos Deputados, Vander Loubet (PT), Camila Jara (PT) e Dagoberto Nogueira (PSDB) também não manifestaram apoio à iniciativa.

    Parlamentares da oposição têm pressionado pela investigação, argumentando que o valor desviado supera escândalos históricos como o mensalão e a Lava Jato, e defendem responsabilizações tanto de agentes diretos quanto de possíveis omissões dentro da estrutura do INSS e do governo federal.

    Entenda a fraude

    A Operação Sem Desconto, coordenada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), revelou que diversas associações vinham aplicando cobranças mensais em aposentadorias e pensões sem autorização dos beneficiários. A maioria das entidades não tinha sequer estrutura física para funcionar.

    Segundo a CGU, 72% dessas associações eram inoperantes, e 1.300 aposentados ouvidos nas investigações apontaram desconhecer os descontos. “Mais de 90% deles não reconheciam ter autorizado essas cobranças. Alguns só descobriram durante a entrevista com os investigadores”, explicou o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho.

    As fraudes ocorreram entre 2019 e 2024. A operação resultou em 211 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária. As ações foram realizadas em 15 estados e no Distrito Federal, incluindo Mato Grosso do Sul.

    Com a eventual instalação da CPMI, a expectativa é de que o Congresso Nacional aprofunde as apurações e proponha medidas para evitar que novos golpes desse tipo voltem a acontecer.

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