A ex-senadora e atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, sinalizou a possibilidade de concorrer ao Senado nas eleições do próximo ano
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Tebet teria confidenciado a membros do MDB em Mato Grosso do Sul que pode aceitar a candidatura, caso receba uma missão de seu grupo político.
Em 2022, Simone optou por não disputar a reeleição ao Senado para concorrer à Presidência da República. Terminou a corrida presidencial em terceiro lugar, com 4.915.423 votos (4,16%). No segundo turno, declarou apoio a Lula (PT), o que lhe garantiu um cargo de destaque no governo, tornando-se ministra do Planejamento.
Além da possível candidatura ao Senado, Tebet também é cogitada como uma opção para compor uma chapa como vice de Lula em 2026. No entanto, a missão no Senado poderia ter um papel estratégico para conter o avanço de candidaturas da direita, fortalecendo a base governista na Casa.
A disputa por cadeiras no Senado se tornou um embate direto entre Lula e o ex-presidente Bolsonaro (PL), uma vez que a Casa tem prerrogativas importantes, como a possibilidade de afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a direita, a ampliação da bancada no Senado é uma estratégia essencial para fortalecer sua influência política.
Simone Tebet ganhou projeção nacional durante a eleição presidencial de 2022, destacando-se nos debates como uma alternativa fora da polarização entre Lula e Bolsonaro. Seu apoio ao petista, no entanto, resultou em rejeição entre eleitores de direita, especialmente em Mato Grosso do Sul. Esse cenário fez com que alguns aliados sugerissem que ela concorresse por outro Estado, possibilidade que ainda não foi oficialmente comentada pela ministra.
Tebet foi eleita senadora por Mato Grosso do Sul em 2014, com 52,61% dos votos válidos (640.336). Na época, sua candidatura contou com o apoio do então governador André Puccinelli (MDB), que abriu mão da disputa ao Senado para apoiar seu nome.