web analytics
Mais

    Suplente do Paraná que atacou Pollon é investigado por uso da máquina pública na campanha da esposa e pode ficar inelegível

    Contenda entre Pollon e César Mello antecede investigações sobre abuso de poder político de César no Paraná

    César Mello e a esposa Malu Mello (à esquerda) e Marcos Pollon (PL) e Jair Bolsonaro (à direita)

    A disputa entre o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) e o ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (IPEM), César Mello (PP), ganhou um novo capítulo com a investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE) sobre abuso de poder político. Mello, que já havia feito críticas à atuação de Pollon e ao movimento Pro Armas, agora enfrenta um processo que pode resultar em sua inelegibilidade por oito anos.

    Cesar Mello está sob investigação do MPE em decorrência da campanha da esposa Malu Mello | Foto: Repdrodução

    A investigação do MPE resultou na exoneração de César Mello pelo governo estadual após a repercussão negativa das denúncias. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado número 11.847, divulgado na última quarta-feira (19).

    De acordo com reportagem do jornalista Karlos Kohlbach, do Blog Politicamente, a apuração aponta o uso indevido da estrutura pública para beneficiar a campanha eleitoral de sua esposa, Malu Mello, candidata a vereadora em Curitiba pelo Progressistas. O caso tramita na 174ª Zona Eleitoral de Curitiba sob a coordenação do promotor Carlos Alberto Choinski.

    Denúncia de envolvimento de servidores públicos

    Segundo a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), César Mello teria alocado pelo menos 10 servidores pagos pelo IPEM para atuarem na campanha de sua esposa, inclusive durante o horário de expediente. Malu Mello obteve 753 votos na eleição de 2024 e ficou como suplente do Progressistas na Câmara Municipal de Curitiba.

    A investigação também aponta que Mello indicava nomes para contratação pela empresa Orbenk Administração e Serviços, prestadora de serviços terceirizados ao IPEM, em um possível esquema de apadrinhamento. Testemunhas confirmaram a prática, que contraria o contrato número 014/2018, o qual estabelece que a empresa é responsável por recrutar e selecionar profissionais de forma independente.

    Caso confirmadas as irregularidades, Mello e sua esposa podem ser declarados inelegíveis por oito anos, além de responderem por assédio no ambiente de trabalho e possível lesão ao patrimônio público. O MPE também encaminhou o caso ao Ministério Público do Trabalho e à Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio de Curitiba.

    Defesa de César Mello e da Orbenk

    César Mello negou as acusações e atribuiu a denúncia a ex-funcionários exonerados do IPEM. Ele afirmou que os nomes contratados pela Orbenk foram indicações de terceiros e que não tinha ingerência sobre as decisões da empresa.

    Em nota, a Orbenk declarou que não teve acesso ao processo investigativo e que todas as contratações seguem normativos internos e critérios técnicos. A empresa também informou que seu contrato com o IPEM, firmado por dispensa de licitação, é de R$ 694 mil mensais e que possui 40 contratos com a Administração Pública do Paraná.

    Conflito com Marcos Pollon

    Antes de ser alvo das investigações, César Mello ganhou notoriedade ao questionar a atuação do deputado Marcos Pollon e insinuar o uso irregular do movimento Pro Armas para fins particulares. Pollon rebateu as críticas, alegando que Mello age de má-fé e afirmou que sua empresa Proarmas Cursos e Eventos opera regularmente.

    Marcos Pollon (à direita) tem amplo apoio da família Bolsonaro | Foto: Reprodução

    O deputado também mencionou que o perfil que o ataca pertence a um criminoso investigado por diversos delitos, que tenta extorqui-lo há mais de um ano. “O administrador da holding patrimonial da minha família pediu afastamento por ter sido injustamente exposto, assim como minha esposa e meus filhos menores”, declarou Pollon. Ele também afirmou que tomará medidas judiciais cabíveis.

    A investigação segue em andamento, podendo resultar em novas ações judiciais contra os envolvidos.

    Últimas notícias

    spot_imgspot_img

    1 COMENTÁRIO

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Notícias relacionadas

    spot_imgspot_img