As síndromes respiratórias agudas graves foram os que mais vitimaram no Estado
Nos primeiros cinco meses de 2024, Mato Grosso do Sul registrou um preocupante aumento no número de mortes causadas por doenças infecciosas, somando um total de 248 óbitos. Esse número inclui vítimas da dengue, da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que abrange doenças como Covid-19 e Influenza. Em comparação, durante todo o ano de 2023, foram contabilizadas 736 mortes por essas doenças no estado.
Dados Epidemiológicos e Impacto das Síndromes Respiratórias
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que divulga semanalmente boletins epidemiológicos, até o dia 29 de maio de 2024, 229 mortes foram causadas por SRAG. Dentro deste grupo, a Covid-19 foi a principal responsável, com 66 óbitos, seguida pela Influenza, que contabilizou 34 mortes.
Situação da Dengue no Estado
A dengue, outra preocupação significativa, resultou em 19 mortes somente este ano, com mais 15 casos ainda sob investigação. A incidência da doença continua a crescer, com quase 10 mil casos confirmados até agora. Recentemente, após três semanas sem registrar novos óbitos, o estado voltou a relatar uma morte por dengue.
Os jovens entre 20 a 29 anos são os mais afetados, representando 18,33% dos casos prováveis de dengue. Seguem os grupos de 10 a 19 anos, com 17,28%, e de 40 a 49 anos, com 15,37%.
Sobrecarga nos Serviços de Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande destacou um aumento significativo nos casos de síndromes respiratórias, resultando em sobrecarga nos serviços das unidades de pronto atendimento e hospitais. Essa situação sublinha a necessidade de reforçar as medidas preventivas não farmacológicas, como a higienização adequada das mãos, evitar aglomerações e o uso de máscaras por pessoas sintomáticas.
Campanha de Vacinação Ampliada
Em resposta à situação crítica, a Secretaria de Saúde de Campo Grande ampliou a vacinação contra a Influenza para toda a população acima de seis meses, conforme a recomendação do Ministério da Saúde. Desde o dia 2 de maio, a imunização está disponível nas 74 unidades de saúde da capital, com uma previsão inicial de 160 mil doses do imunizante.
Diante deste cenário alarmante, as autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação e da adoção de medidas preventivas para controlar a disseminação das doenças. É essencial que a população continue a seguir as orientações de higienização, evite aglomerações e utilize máscaras quando apresentar sintomas. A colaboração de todos é vital para superar este momento crítico e proteger a saúde coletiva.
A situação demanda vigilância constante e ações contínuas para prevenir a propagação dessas doenças e reduzir o impacto na saúde pública.
