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    Fracasso Raiz: Protesto contra prefeita conservadora reúne investigado por tráfico e militância derrotada

    Com militantes reciclados, influenciador investigado por tráfico e político em rota de expulsão do PL, movimento anti-prefeita tropeça na falta de público e sobra de narrativa ideológica

    Na manhã deste sábado (12), a esquina da Afonso Pena com a 14 de Julho, no coração de Campo Grande, virou palco de mais uma tentativa frustrada de protesto contra a prefeita Adriane Lopes (PP). O ato, batizado como “Campo Grande tá no buraco!”, acabou revelando algo mais próximo de um ensaio de militância performática do que de um verdadeiro movimento cidadão: cerca de 13 pessoas, várias câmeras, milhares de adesivos e zero adesão popular.

    Materiais utilizados por políticos do PT tem a mesma identidade visual do material utilizado na manifestação convocado por influencer investigado por tráfico | Imagem: Montagem Fato67

    Durante a semana, vereadores do PT na Câmara representados por Luiz Ribeiro e Jean Ferreira, a deputada federal Camila Jara e o deputado estadual Pedri Kemp publicaram um material nas suas redes sociais utilizando a mesma identidade visual da manifestação assinada com o mesmo nome, os matériais continham escrito a hashtag #CampoGrandeNoBuraco.

    O evento, que prometia “tomar as ruas” com apoio de ativistas LGBT, militantes pró-maconha e movimentos de esquerda, acabou mesmo foi tomando vento. Enquanto os organizadores gritavam palavras de ordem contra a prefeita e sua vice, a cidade seguia normalmente sua manhã de sábado. Motoristas passavam, curiosos olhavam, e os adesivos sobravam empilhados ou voando ao sabor da brisa.

    Banner convocando a manifestação Campo Grande tá no Buraco | Imagem: Reprodução Instagram

    Entre os protagonistas da cena, estava Alisson Benítez Grance, mais conhecido no submundo como “Dumato”, figura folclórica e investigada por tráfico de drogas, segundo revelou o site Política Voz. Ao seu lado, Bruno Ortiz, ex-candidato e atual queridinho das redes mas também acusado de violência psicológica contra mulher em denúncia registrada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), onde é acusado de injúria e perseguição contra uma servidora pública.

    Influencer socialista Dumato investigado por tráfico (à esquerda) e Bruno Ortiz crítico de Jair Bolsonaro e denunciado na DEAM (à direita) convocaram a manifestação | Foto: Reprodução

    Ortiz, aliás, está prestes a perder o pouco que lhe restava de vínculo com a direita: o PL, partido pelo qual concorreu nas últimas eleições, já sinalizou que deve abrir processo disciplinar para sua expulsão. Motivo? Críticas constantes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e uma atuação cada vez mais alinhada aos setores da esquerda radical.

    O ato é apoiado por uma mistura inusitada: feministas radicais, representantes da Marcha da Maconha, adeptos de religiões de matriz africana e militantes LGBTs, todos unidos não por pautas comuns, mas pela antipatia à gestão Adriane Lopes, cuja base conservadora tem garantido apoio crescente desde sua eleição em 2024.

    “Parecia mais uma convenção LGBT da oposição derrotada do que um protesto legítimo”, comentou um morador que passava pelo local. De fato, entre os presentes, muitos rostos conhecidos da cena política que amargou a derrota nas urnas ano passado e que agora tentam, com pouco sucesso, transferir suas frustrações eleitorais para as calçadas da cidade.

    Se a intenção era abalar o governo, o impacto ficou mesmo no asfalto quente da Afonso Pena: sem povo, sem força e com mais câmeras do que vozes, o movimento contra Adriane Lopes parece repetir a velha receita da esquerda barulhenta, muito discurso, pouca base.

    E enquanto a oposição inventa adesivaço, a prefeita segue colhendo apoios e consolidando seu espaço. Porque, no fim das contas, quem quer governar precisa mais do que gritar na esquina: precisa vencer nas urnas. E isso, a militância reciclada ainda não conseguiu entender.

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