A situação crítica do Pantanal sul-mato-grossense, agravada pelo clima seco, altas temperaturas e fortes ventos, mantém as ações de combate a incêndios florestais em alerta máximo.
Apesar da previsão de uma frente fria até o final da semana, com possível aumento da umidade e queda nas temperaturas, o cenário de fogo não deve mudar significativamente.
O Governo do Estado divulgou um boletim da Operação Pantanal 2024, que agora será atualizado quinzenalmente, informando as ações em andamento.
O combate aos focos de incêndio se estende por todo o Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, com reforços vindos de outras regiões do país, como a chegada de mais dez bombeiros do Rio Grande do Sul.
As operações mais intensas estão ocorrendo em regiões como Cipolândia (Aquidauana), Coxim, Inocência e Dourados, enquanto o monitoramento se concentra em áreas como Corumbá, Porto Murtinho e Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema.
Segundo a diretora de Proteção Ambiental dos Bombeiros, tenente-coronel Tatiane Inoue, mesmo com condições atmosféricas mais severas em 2024, houve uma redução na área queimada em relação a 2020.
A previsão climática não é otimista. Após uma breve trégua no final de semana, com possível aumento da umidade e queda nas temperaturas, a partir de domingo os termômetros voltam a subir, alcançando até 43°C em algumas áreas.
A baixa umidade, aliada ao calor extremo, favorece a propagação dos incêndios e dificulta o controle, até mesmo por via aérea, como explica a meteorologista Valesca Fernandes, do Cemtec.
Além do impacto ambiental, a qualidade do ar tem sido severamente afetada pela fumaça que encobre o estado, prejudicando a saúde da população.
Mesmo diante desse cenário desafiador, as equipes continuam firmes no combate e mantêm a esperança, impulsionadas pela resiliência do bioma. Inoue compartilhou um exemplo dessa força, ao registrar a vegetação renascendo nas áreas queimadas, demonstrando a capacidade de regeneração do Pantanal.