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    Wolbachia: nova estratégia contra dengue mostra resultados promissores

    Desde a implementação do Método Wolbachia em Campo Grande, no final de 2020, a cidade tem visto uma estabilização no número de casos de dengue.

    Wolbachia sendo reproduzido em laboratório. Foto: Reprodução Fato67

    O último pico significativo da doença foi em 2019, quando foram notificados 42.475 casos entre janeiro e junho. Nos anos seguintes, os números caíram significativamente, com 17.539 casos em 2020, 14.331 em 2022, e 9.289 casos prováveis até junho de 2023, uma redução de 35% em relação ao ano anterior.

    De acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, o Método Wolbachia é um dos fatores que ajudaram a manter a estabilidade dos casos de dengue na cidade.

    A bactéria Wolbachia, presente em 60% dos insetos, impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no mosquito Aedes aegypti. Este método não envolve modificação genética e tem mostrado resultados promissores em outras cidades.

    Campo Grande foi a primeira cidade do Centro-Oeste a completar todas as etapas do Método Wolbachia, com a soltura de 102 milhões de mosquitos infectados pela bactéria em seis fases.

    Segundo o World Mosquito Program (WMP), a prevalência de mosquitos com Wolbachia na capital aumentou constantemente, variando de 70% a 100% em algumas áreas. Em Niterói (RJ), o método resultou em uma redução de até 70% nos casos de dengue e 60% nos de chikungunya.

    Além do Método Wolbachia, a Sesau realizou campanhas como “Meu Bairro Limpo” e “Todos em Ação contra a Dengue”, focando nas regiões com maior incidência da doença, como o bairro Anhanduizinho. Essas ações ajudaram a manter os casos abaixo de mil notificações nos meses de maio e junho, após um pico de 2.240 casos em abril.

    Para apoiar a implementação do método, foi criada uma biofábrica no Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), destinada à produção de milhões de mosquitos com Wolbachia. Esta infraestrutura permitirá a continuidade e ampliação das ações de combate à dengue, Zika e chikungunya na região.

    Redação
    Redação
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