Mato Grosso do Sul segue sob alerta máximo para uma forte onda de calor e baixa umidade do ar, com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitindo quatro alertas de perigo, dois deles classificados como vermelhos.
O Estado registra índices de umidade extremamente baixos, com a mínima de 7%, e temperaturas 5°C acima da média histórica. A situação, agravada pela seca prolongada, gera condições piores do que as do deserto do Saara, onde a umidade chegou a 36% nas últimas semanas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda níveis de umidade entre 50% e 60% para o bem-estar humano, e o estado de alerta é declarado quando os índices ficam entre 21% e 30%.
Atualmente, em Mato Grosso do Sul, a umidade relativa do ar está abaixo de 12%, o que representa um risco à saúde.
Diante dessa crise climática, surge uma pergunta recorrente: quando vai chover? De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), há previsão de chuva para o fim de semana, mas ainda sem dados precisos sobre a quantidade esperada.
A chegada de uma frente fria, associada ao transporte de calor e umidade e a um sistema de baixa pressão no Paraguai, poderá provocar aumento da nebulosidade e possibilidade de chuva em regiões como o sul, sudeste, sudoeste e oeste do Estado.
As temperaturas, no entanto, continuarão elevadas nos próximos dias, com mínimas entre 21°C e 27°C e máximas que podem chegar a 40°C em algumas regiões. Em Campo Grande, os termômetros marcarão entre 23°C e 37°C.
Cidades batem recorde de baixa umidade
Em setembro, um dos meses mais quentes e secos do ano, quatro cidades do Estado registraram recordes históricos de umidade do ar, atingindo o mínimo de 7%.
Coxim, Paranaíba, Sonora e Três Lagoas foram as mais afetadas, seguidas por municípios como Água Clara, Costa Rica e Porto Murtinho, com índices de 8%. A capital, Campo Grande, registrou uma umidade de 10%.
