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    CPI das Bets: Soraya questiona uso de conta fake e Virgínia admite que usa login fornecido por plataforma para publicidade

    Durante depoimento prestado nesta terça-feira (13) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, a influenciadora digital Virgínia Fonseca admitiu que utiliza contas fornecidas pelas plataformas para a gravação de vídeos publicitários sobre apostas on-line. O conteúdo gerou questionamentos da senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (Podemos), que apontou o uso de contas de demonstração, o que, segundo ela, pode induzir seguidores ao erro.

    “Os vídeos que a senhora aparece jogando foram gravados com conta real?”, perguntou Soraya. Virgínia respondeu que não. A senadora então insistiu: “Em qual tipo de contas foram gravados?”. A influenciadora explicou que recebe login e senha das próprias plataformas e que as contas são destinadas exclusivamente à publicidade.

    Soraya classificou essas contas como “demo”, ou seja, simuladores criados para influenciadores. “Uma conta específica para os influenciadores, uma conta é a conta dos jogadores, outra conta é a conta dos influenciadores”, afirmou.

    Virgínia, no entanto, contestou o uso do termo “fake”. “É uma conta feita para jogar, não necessariamente é uma conta fake”, rebateu. A senadora insistiu: “É a mesma conta que seus seguidores usam para jogar?”. Virgínia foi direta: “Não, porque é uma conta minha”.

    Família nos vídeos e influência digital

    Durante o depoimento, Soraya também questionou a ausência de familiares nos vídeos promocionais da influenciadora. “A senhora consegue influenciar 53 milhões de brasileiros, mas não conseguiu que o marido e a mãe participassem dos vídeos?”, ironizou. Virgínia explicou que seu marido possui conta em plataforma de apostas e que, por vezes, jogam juntos.

    A influenciadora compareceu à CPI amparada por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu habeas corpus garantindo seu direito de não responder a perguntas que possam gerar autoincriminação.

    Entenda a CPI das Bets

    Instalada em novembro de 2024, a CPI das Bets apura os impactos das apostas on-line no orçamento das famílias, o envolvimento de plataformas com organizações criminosas, a prática de lavagem de dinheiro e a influência de figuras públicas na divulgação dessas atividades.

    O foco está nos chamados jogos de “quota fixa” — apostas cujo prêmio é previamente conhecido, como o popular “Jogo do Tigrinho”. A CPI poderá propor alterações na legislação vigente e encaminhar seus resultados ao Ministério Público e demais órgãos responsáveis pela responsabilização criminal, caso sejam identificadas irregularidades.

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