A CPI do Transporte Coletivo da Câmara de Campo Grande ouviu, nesta quarta-feira (21), o ex-diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior. Durante o depoimento, ele afirmou que, enquanto esteve à frente da agência, notificou o Consórcio Guaicurus para apresentar um plano de renovação da frota, mas não obteve resposta.
Segundo Odilon, a advertência foi motivada pela idade média dos ônibus, que estava acima do permitido no contrato. “Houve uma resposta parcial, com a compra de 71 ônibus novos, mas o consórcio não apresentou o plano completo de renovação da frota até o fim da minha gestão, em dezembro de 2023”, declarou.
O ex-presidente da Agereg também explicou como eram feitos os cálculos para os reajustes tarifários, os critérios de fiscalização do contrato e os mecanismos de controle aplicados à concessionária.
Vereadores questionaram se houve falhas na fiscalização da agência e como essas possíveis omissões impactaram a qualidade do serviço oferecido à população. Odilon garantiu que tomou as medidas administrativas necessárias, incluindo advertências e intimações, mas reconheceu que a resposta do consórcio ficou aquém do esperado.
A CPI continua apurando possíveis irregularidades na gestão do transporte público da Capital. O próximo a ser ouvido será o também ex-presidente da Agereg, Vinicius Leite Campos, na segunda-feira (26), às 14h, no plenarinho Edroim Reverdito.
