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    Despachante aponta R$ 1,2 milhão em propinas para campanha de Beto Pereira

    O despachante David Cloky Hoffaman Chita, apontado como operador de um esquema de corrupção no Detran-MS, propôs um acordo de delação premiada ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), alegando ter entregado mais de R$ 1,2 milhão em propinas para a campanha de Beto Pereira, candidato do PSDB à prefeitura de Campo Grande.

    David detalha esquema do Detran-MS comandado por Beto Pereira. | Foto: Reprodução

    Chita acusa Pereira de ser o líder de um esquema de corrupção envolvendo servidores públicos, empresários e políticos que atuavam no Detran-MS, desviando recursos para financiar campanhas eleitorais.

    Segundo o despachante, os pagamentos, que variavam entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, eram repassados diretamente a Pereira e seus aliados em reuniões e encontros em locais públicos.

    Chita também menciona a participação de Thiago Gonçalves, assessor de Pereira, e Juvenal de Assunção Neto, então diretor-adjunto do Detran-MS, como beneficiários do esquema.

    A delação de Chita, que atualmente está foragido, também aponta que a organização criminosa se aproveitava de nomeações estratégicas dentro do Detran-MS e de sua influência sobre delegados de polícia para proteger o esquema.

    Além disso, ele afirma que o dinheiro desviado foi utilizado para o caixa 2 da campanha de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande.

    O despachante destaca que passou a ser ameaçado de morte após o vazamento de informações do processo que investiga o caso, levando-o a fugir. Ele afirmou estar pronto para apresentar provas contundentes que ligam Beto Pereira e outros envolvidos ao esquema de corrupção, caso consiga firmar o acordo com o MPMS.

    Redação
    Redação
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