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    Filho do Prefeito de Rochedo é preso em operação contra fraude em contratos

    Na manhã de terça-feira (18), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu Fernando Passos Fernandes, filho do prefeito de Rochedo, Arino Jorge (PSDB), durante uma operação contra fraudes em contratos públicos

    Filho do Prefeito de Rochedo é preso em operação contra fraude em contratos

    Fernando, que também é servidor municipal, foi detido em sua residência, enquanto agentes cumpriam mandados também na Prefeitura de Rochedo e em um cybercafé que presta serviços ao Executivo municipal.

    A ação, coordenada pelo Gaeco e pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), teve como objetivo cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão em diversas cidades do Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande, Água Clara, Rochedo e Terenos. Em Rochedo, além de Fernando, outros quatro mandados de prisão foram executados.

    Esquema de Fraude Milionária

    As investigações revelaram um esquema de corrupção envolvendo contratos fraudulentos que ultrapassam R$ 10 milhões nos municípios de Rochedo e Água Clara, ambos administrados por prefeitos do PSDB. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o esquema consistia no pagamento de propinas a servidores para a manipulação de licitações, principalmente na área da educação.

    Os servidores envolvidos atestavam falsamente o recebimento de produtos e serviços que nunca foram prestados, além de acelerar trâmites para emissão de notas fiscais frias, facilitando pagamentos irregulares a empresários.

    Desdobramentos e Ligação com Outras Operações

    O esquema veio à tona a partir da apreensão de celulares na Operação Turn Off, que investigava fraudes na saúde e educação envolvendo R$ 68 milhões. “Malebolge”, nome dado à atual operação, faz referência à obra “Divina Comédia”, de Dante Alighieri, e representa o círculo do inferno onde são punidos os corruptos e fraudadores.

    A Turn Off já havia levado à denúncia dos empresários Lucas Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho, do ex-secretário adjunto da educação do estado, Édio António Resende de Castro Broch, e da ex-servidora Simone de Oliveira Ramires Castro.

    Na Operação Parasita, deflagrada em 2022, celulares dos irmãos Lucas e Sérgio foram apreendidos, revelando uma ampla rede de fraudes em licitações. Entre os contratos investigados, está a compra de aparelhos de ar-condicionado para a Secretaria Estadual de Educação (SED), no valor de R$ 13 milhões. A licitação teria sido direcionada, beneficiando a Comercial Isototal Eireli, de propriedade de Lucas, e a Isomed Diagnósticos Eireli-ME, pertencente à esposa de Sérgio.

    Esquema Familiar e Ramificações

    As investigações indicam que o esquema era operado em família. Pagamentos ao então secretário-adjunto de Educação, Édio Antônio Resende de Castro, eram feitos por meio de Victor Leite de Andrade, primo dos irmãos Lucas e Sérgio. Victor gerenciava um posto de combustíveis pertencente à família, usado para movimentação dos valores ilegais.

    O MPMS também identificou que parte dos contratos foi concedida a empresários ligados à família dos investigados, configurando um complexo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.

    A investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos e a destinação dos valores desviados.

    Redação
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