Após duas tentativas judiciais frustradas de retornar à presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira trocou de advogado pela segunda vez. O ex-dirigente, que comandou a entidade por 28 anos, enfrenta acusações de desvio de mais de R$ 10 milhões e foi destituído do cargo em outubro de 2024.
Inicialmente representado pelo advogado André Borges, Cezário passou a ser defendido por Júlio César Marques, que ingressou com ações judiciais visando sua reintegração ao cargo. Ambas as tentativas foram negadas liminarmente pela Justiça. Marques deixou a defesa de Cezário, mas continua representando os sobrinhos do ex-presidente, Aparecido e Valdir Alves Pereira, também envolvidos nas investigações.
As investigações, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Cartão Vermelho, apontam que Cezário e membros da antiga diretoria da FFMS, composta majoritariamente por seus familiares, teriam desviado recursos significativos da entidade. Em agosto de 2024, Cezário foi preso preventivamente, mas atualmente responde em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica.
A destituição de Cezário ocorreu em assembleia extraordinária realizada em outubro de 2024, com 44 votos a favor e 21 contra. Desde então, Estevão Petrallás atua como presidente interino da FFMS. A entidade ainda não definiu a data para novas eleições, aguardando desdobramentos judiciais e administrativos.