Equipes do Sul-Mato-Grossense Série A expressam preocupações após desdobramentos da investigação que levou à prisão do presidente da FFMS
A Operação Cartão Vermelho, que desmantelou um esquema de desvio de verbas públicas na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), resultou na prisão de sete pessoas, incluindo o presidente Francisco Cezário de Oliveira. Clubes que disputaram o Sul-Mato-Grossense Série A deste ano, de janeiro a abril, foram perguntados pelo Globo Esporte MS sobre o impacto da operação e suas consequências. A seguir, os posicionamentos das equipes:
Operário
O atual campeão do Sul-Mato-Grossense Série A, o Operário, destacou a necessidade de uma resolução rápida e justa. “O Operário apoia integralmente a operação em busca da verdade e da justiça. Que seja uma luz no fim do túnel para que possa ser uma nova era do futebol sul-mato-grossense”. afirmou a diretoria.
Costa Rica
Único representante do estado no Campeonato Brasileiro Série D, a diretoria do Costa Rica Esporte Clube (Crec) está acompanhando os acontecimentos e espera pelo desenrolar das investigações. “Assim que tivermos mais informações a cerca desta investigação o clube irá emitir um pronunciamento oficial aos órgãos de imprensa, além de, antemão, nos posicionarmos contra qualquer ato de corrupção no futebol”, declarou.
Novo
Éder Cristaldo, presidente do Novo, reforçou o compromisso do clube com a lei e a ordem. “Porém, sabemos que há um processo de investigação em andamento e tudo que for apurado de irregular, que seja punido no rigor da lei. O Novo está disposto a qualquer momento, se for acionado, para colaborar em nome da verdade. Após a apuração, se comprovado que houve crime que lesou os cofres do futebol do MS, a tendência é melhorar e que o futebol do Estado volte a brilhar como antes no cenário nacional, de onde nunca deveria ter saído”, completou.
Portuguesa
Recém-promovida à Série A estadual, a diretoria da Portuguesa se disse surpresa com as irregularidades. “As investigações direcionadas aos membros Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul e às empresas ligadas a entidade seja imprescindível para que o esporte, atualmente sucumbido, volte a ganhar forma e proporcionar alegria aos nossos torcedores”, disse a diretoria.
Aquidauanense
A diretoria do Aquidauanense acompanha os desdobramentos e está preparada para colaborar se solicitado. “Estamos nos preparando para o Campeonato Estadual Sub-20 e iremos aguardar as investigações. Creio que isso a princípio não afetará os campeonatos que estão em andamento e os que virão pela frente. Mas o Aquidauanense está a disposição caso seja solicitado, pois clube sempre teve como princípio a transparência”. afirmou.
Ivinhema
Riquelme, presidente do Ivinhema, expressou surpresa com a investigação. “Esse desdobramento que teve na capital, com a prisão do Cezário e outras pessoas, é surpresa. A gente não esperava que agiam dessa forma, é um desvio de recurso que poderia estar aplicando e repassando pros clubes trabalharem com categoria de base. Então, esse recurso fez falta nesse sentido”, lamentou.
Corumbaense
Focado nas competições de base, o Corumbaense aguarda o desfecho das investigações para mais esclarecimentos.”Somente então iremos nos pronunciar sobre o caso. Neste momento, a preocupação principal é com o andamento do Campeonato Estadual Sub-13 e com o início do Sub-20, que dá vaga na Copa São Paulo”, comentou a diretoria.
Dourados
O Dourados Atlético Clube (DAC) afirmou que acompanha e apoia as investigações da Operação Cartão Vermelho.
Os presidentes do Náutico e Coxim não foram localizados para comentar, o Fato67 deixa o espaço para que ambas as diretorias possam se manifestar sobre a operação. Até o momento, a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul não se pronunciou sobre as investigações e prisões.
Contexto da Operação Cartão Vermelho
A Operação Cartão Vermelho revelou um esquema de desvio de mais de R$ 15 milhões em recursos do Governo do Estado e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Francisco Cezário de Oliveira, presidente da FFMS, foi acusado de liderar o esquema. Interceptações telefônicas mostraram como os envolvidos manipulavam prestações de contas para desviar verbas públicas..